Querendo ou não, quem usa whatsapp vai ter que permitir o compartilhamento dos dados pessoais com o Facebook, a partir de 8 de fevereiro. Será obrigatório aceitar e concordar com os novos termos e com a política de privacidade. Ou então deixará de usá-lo. Com isso, a dona do aplicativo vai permitir que empresas ligadas ao Facebook armazenem, gerenciem e processem dados. Entre eles, informações de registro, como o número de telefone, sobre o dispositivo utilizado, endereço de IP, dados de transações e pagamentos e até mesmo como ocorre a interação com outros (incluindo negócios).
A questão agora é saber como fica a segurança de dados pessoais dos usuários. Como essas informações serão utilizadas e quem de fato terá acesso? Ainda mais com a Lei Geral de Proteção de Dados, que já está em vigor e tem como objetivo justamente promover a proteção, de forma igualitária e dentro do país e no mundo, aos dados pessoais de todo cidadão que esteja no Brasil.
Segundo o advogado especialista em proteção de dados, Gabriel Vasconcelos, o aplicativo garantiu que as conversas continuam criptografadas de ponta a ponta. Mas o usuário vai receber publicidade direcionada no Facebook. Ele recomenda ler o contrato de privacidade e decidir se aceita ou não a nova política. Ou buscar outro mensageiro de mensagens instantâneas. Ele, que é membro da Associação Nacional dos Profissionais de Privacidade de Dados (ANPPD) e também da Associação Nacional dos Advogados do Direito Digital (Anadd), adiantou que essa obrigatoriedade pode até mudar conforme reação do público. O tema vem rendendo entrevista na imprensa.
O escritório Vasconcelos, Coutinho, Almeida e Gesteira Costa Advogados é cliente Multi de Assessoria de Imprensa.